Fundação: 30/08/1897
Emancipação Política:
30 de agosto
Gentílico:
Limoeirense
Unidade Federatíva:
Ceará
Mesorregião: Jaguaribe
Microrregião: Baixo Jaguaribe
Distância para a capital:
198 KM
Existem muitas controvérsias sobre a origem do nome da cidade. Uma das correntes diz que o topônimo limoeiro é uma alusão as plantações de limoeiros feitas pelos índios Paiacu. Outra tese muito forte é de que se deve ao Sítio Limoeiro da família Rodrigues que veio de Pernambuco no século XVIII. Sua denominação original era Vila de São João do Jaguaribe, depois Vila do Limoeiro. Desde 1943, a cidade passou-se a se chamar Limoeiro do Norte para distingui-la do topônimo Limoeiro, do município do estado de Pernambuco.
Conhecida como Princesa do Vale e Capital Cearense da Bicicleta, Limoeiro do Norte é um dos principais municípios do interior cearense. Localizada no Vale do Jaguaribe, a cidade é referência nas áreas da saúde, educação e produção agropecuária.
Na região, cumpre o papel de cidade-polo com desenvoltura, influenciando, centralizando, atraindo investimentos e instituições. Não é por acaso que Limoeiro abriga a sede da diocese regional, além de dispor de escolas, hospitais, protagonizando também decisões políticas como poucos municípios no interior do Estado. Seus títulos refletem essa íntima relação entre a região em que se encontra e o cotidiano de sua gente: Princesa do Vale, para os mais sentimentais; Capital Cearense da Bicicleta, por força de lei e do hábito popular.
A origem de seu nome está envolta nas brumas da incerteza, assim como quase tudo que se mistura ao tempo. Pode ter vindo dos limoeiros plantados pelos índios Paiacus ou de um frondoso pé de limão que servia de sombra aos tropeiros que atravessavam o sertão com suas mercadorias. Mas a oficialização da denominação atual só veio em 1943, por um decreto que a distinguiu de outras cidades com o mesmo nome, como a Limoeiro situada no Estado de Pernambuco e outra no de Alagoas.
A região, como é natural, já era habitada desde priscas eras. Os Tapuias, especialmente os Paiacus, ocupavam as margens dos rios Jaguaribe e Banabuiú até que, a partir do século XVII, chegaram os portugueses procurando locais com pastagens e água para seu gado. A pecuária moldou a paisagem, a economia e a rota da chamada Estrada Real do Jaguaribe, que ligava Aracati a Icó, contribuindo, assim, para o primeiro ciclo econômico relevante da região.
A autonomia política começou a ser desenhada em 1863, quando o padre Francisco Ribeiro Bessa conseguiu a criação da freguesia. Dez anos depois, a vila era instalada e, em 1897, Limoeiro se tornou finalmente emancipada, ganhando, portanto, foros de cidade. A política local, como a de tantos outros municípios do interior nordestino, foi marcada por disputas familiares, mandonismo e articulações que duraram décadas.
Um dos fatos marcantes do município, eternizado numa fotografia que entrou para os livros de história, foi a passagem do famoso cangaceiro Lampião pela cidade em 1927. Vindo de uma malfadada invasão a Mossoró, em que perdeu dois de seus homens, Lampião buscava lucrar aqui o que não havia conseguido lá. Os limoeirenses mais ousados, desejando imitar a reação dos mossoroenses, ainda tentaram formar um batalhão armado para resistir ao bandido. Mas a valentia se resumiu à pose para uma foto. A população, em pânico, abandonou a cidade e Lampião entrou tranquilamente pelas ruas vazias, sem ser hostilizado e sem praticar violência.
Até os anos 1940, Limoeiro permaneceu um núcleo urbano acanhado, sem destaque no cenário do Vale do Jaguaribe. Todavia, nos últimos anos da década de 1930, a elite local, formada por comerciantes e agropecuaristas, já dava sinais de que desejava um futuro menos obscuro para a cidade. Isso se verificou especialmente na criação da Sociedade Pró-Educação Rural de Limoeiro, em 1935, cujo objetivo era a construção da Escola Normal Rural, uma instituição exclusiva para moças, inaugurada em 1938. Esse mesmo espírito de união entre os potentados locais animou a campanha para que Limoeiro se tornasse sede da Diocese formada pelas paróquias da região Vale do Jaguaribe, no que obtiveram sucesso.
Então, em 1940, chegava a Limoeiro o primeiro bispo, D. Aureliano Matos, homem dotado de visão estratégica, liderança e força política para mudar os rumos da história local. Durante seu episcopado, a cidade viu a fundação do Ginásio Diocesano Pe. Anchieta, da Maternidade São Raimundo, o Seminário Cura DArs, o Patronato São Vicente de Paulo, a Rádio Educadora Jaguaribana e a Faculdade de Filosofia D. Aureliano Matos. Esse conjunto de obras faria de Limoeiro um centro educacional e cultural de relevo na região, trazendo reflexos extraordinários em seu desenvolvimento como um todo e, em particular, na economia.
Todo esse esforço humano teve o auxílio da geografia favorável, cortada pelos rios Jaguaribe e Banabuiú, cujas várzeas, mesmo no verão, oferecem recursos à sobrevivência do homem do campo. A antiga Limoeiro ocupava território mais vasto, que aos poucos foi fatiado nos processos de emancipação de cidades como Tabuleiro do Norte e São João do Jaguaribe. Hoje o território ocupado ainda possui uma geografia variada, formada por depressão sertaneja, chapada rebaixada e planícies fluviais. Com sua vegetação de caatinga, caracteriza-se por clima quente e chuvas curtas.
Pelo último censo, Limoeiro tem mais de 59 mil habitantes, está à frente em densidade demográfica e em renda per capita no Baixo Jaguaribe. O IDH é médio (0,682), mas se encontra em franca ascensão. A economia é uma colcha de retalhos bem costurada. Há comércio, serviços, e um setor primário forte. Limoeiro planta banana, goiaba, mamão e feijão; colhe leite, ovos e mel em volumes que a projetam entre os destaques nacionais. A cidade tem um dos maiores PIBs per capita do Ceará.
Na saúde, possui uma estrutura sólida, contando com o Complexo de Saúde Mauro Henrique Cardoso Costa, o Hospital São Camilo, a Policlínica Regional, um Centro de Especialidades Odontológicas, uma unidade da Unimed e, desde 2021, o Hospital Regional Vale do Jaguaribe, que atende à macrorregião.
A educação também está em chão firme. A rede básica mantém bons índices no IDEB e instituições como a FAFIDAM (UECE), o IFCE e a FAVILI atraem estudantes de toda a região. Isso permitiu o surgimento de grandes talentos artísticos, especialmente literários, os quais convergiram para a fundação Academia Limoeirense de Letras. As manifestações poéticas populares, no entanto, jamais foram esquecidas e repentistas e trovadores também se organizaram como agremiação formal com a criação da Casa do Cantador José Amâncio de Moura.
De forma geral, Limoeiro do Norte é um desses municípios que fazem o interior do Brasil andar. Entre bicicletas, estudantes, vaqueiros e médicos, faz história e se projeta cada vez mais maneira marcante no palco do Vale do Jaguaribe e do Ceará.
A cidade de Limoeiro do Norte possui um centro cultural com teatro (Centro Cultural Márcio Mendonça), cinema com dois salas de cinema (Cinema Francisco Lucena), biblioteca municipal (Dr. João Eduardo Neto) e museu (Museu da Imagem e do Som) no NIT.
Há no município de Limoeiro do Norte grupos de danças folclóricas, quadrilhas juninas, repentistas, artesões que trabalham com a cantaria, cerâmica e a palha da carnaúba.
Administração pública
Executivo
A prefeitura municipal de Limoeiro do Norte localiza-se no centro da cidade. Desde 1971, a prefeitura municipal passou a funcionar no Edifício Irapuan Dinajá Feijó, na Rua Coronel Antônio Joaquim.[28] A lista de prefeitos de Limoeiro do Norte reflete as inúmeras disputas familiares que ocorreram na região.
Legislativo
A Câmara Municipal) de Limoeiro do Norte localiza-se no Paço Municipal (que já foi sede da Cadeia Municipal e da Prefeitura), na Rua Coronel Malveira, centro da cidade. É composta atualmente por 15 vereadores.
Judiciário
Limoeiro do Norte é sede de vários órgãos judiciais, como a Procuradoria da República, Subseção da OAB-CE, 15ª e 29ª Varas da Justiça Federal, Vara da Justiça do Trabalho, entre outros.
SUBDIVISÃO:
O município é dividido em dois distritos, Limoeiro do Norte (sede), e Bixopá. Em 2016, o distrito de Tomé passou a fazer parte do município de Limoeiro através da Lei estadual 16.198/2016 que foi publicada no Diário Oficial do Estado em 16 de janeiro de 2017. Além dos dois distritos, também conta com inúmeros bairros e comunidades, podendo serem citados o Centro, Santa Luzia, Dr. José Simões, João XXIII, Luís Alves de Freitas, Antônio Holanda de Oliveira, Bom Nome, Bom Fim, Ilha de Santa Terezinha, Socorro, Brotolândia, Pitombeira, Monsenhor Otávio, Contorno Leste, Bom Jesus do Cruzeiro, Córrego de Areia, Milagres, Arraial, São Raimundo, Canafístula, Santa Maria, Várzea do Cobra, Sítio Congo, Espinho, Danças, Pedra Branca, Cabeça Preta, Sapé, Ingarana, Malhada, Gangorra, entre outros.
DEMOGRAFIA:
A população do município de Limoeiro do Norte é a 25° maior do estado do Ceará, porém é a cidade com maior densidade demográfica do Vale do Jaguaribe, segundo o IBGE.
População por gênero (IBGE 2010)
Gênero Unidade Porcentagem
Mulher 29.708 51,01
Homem 28.773 48,99
ECONOMIA:
A economia de limoeiro do Norte está em crescimento, é um dos 15 maiores PIB´s e um dos 10 maiores PIB´s per capita do estado do Ceará, ao lado de outros 14 municípios do estado do Ceará representam mais de 70% do PIB estadual.
Composição Econômica de Limoeiro do Norte
Setor primário 42,94 %
Setor secundário 14,29 %
Setor terciário 44,82 %
HINO DO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE
Hino de Limoeiro do Norte
Limoeiro, Limoeiro
Cantamos em seu louvor!
Tu és bandeira de glória
No mastro do nosso amor
És escola e oficina
De um povo trabalhador
Outrora gigantes bravos
Que no teu seio aportaram
Eram também bandeirantes
Que o Jaguaribe cruzaram!
Sem esmeraldas nos sonhos,
A terra boa encontraram
Limoeiro, Limoeiro...
No palco nobre da vida,
Soprou-te a aura envolvente!
Puseste as mãos em teu campo
Plantaste nele a semente;
Tua cidade floresce
Neste Brasil continente
Limoeiro, Limoeiro...
Tuas planícies nos mostram,
A luta que nos apraz
A busca pelo saber,
Pelo trabalho que faz
Erguer a fronte do povo,
Amar a fonte da paz.
Limoeiro, Limoeiro...
Que belas carnaubeiras
Volteiam tua paisagem!
São vincos que te sustentam,
São elos da tua imagem...
Por si, sós, uma aquarela,
Incentivando coragem.
Limoeiro, Limoeiro...
O Jaguaribe em teu seio,
Sereno, doce, a correr,
Projeta veias profundas
No solo que vai beber
As águas que passam nele,
Impondo o lema - VENCER!
Situados à margem direita do Córrego de areia um braço do Rio Jaguaribe as formações rochosas designadas como Morros e, que dão nome à c[...]
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